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Tipos de Drogas

Depressoras

No conjunto das drogas depressoras, as mais conhecidas são o álcool, os soníferos, a heroína, a morfina, a cola de sapateiro, os remédios ansiolíticos e antidepressivos (barbitúricos) e seus derivados. Seu principal efeito é retardar o funcionamento do organismo, tornando todas as funções metabólicas mais lentas.
A heroína é uma substância inalável. Excepcionalmente, pode ser injetada, o que leva a um quadro de euforia. Quando inalada, porém, resulta em forte sonolência, náuseas, retenção urinária e prisão de ventre – efeitos que duram cerca de quatro horas. A médio prazo, leva à perda do apetite e do desejo sexual e torna a respiração e os batimentos cardíacos mais lentos. Instalada a dependência, o organismo apresenta forte tolerância, obrigando o usuário a aumentar as doses. A superdosagem pode resultar em coma e morte por insuficiência respiratória.
Os derivados da morfina apresentam efeitos muito parecidos com os da heroína, porém, com características euforizantes menores. Seu efeito depressor é explorado pela Medicina há várias décadas, principalmente no alívio da dor de pacientes com câncer em estado terminal.

Outra preocupação constante dos médicos é o uso abusivo dos antidepressivos, soníferos e ansiolíticos (barbitúricos). Para pessoas que têm doenças psiquiátricas, como as depressões e os distúrbios de ansiedade, estas drogas são extremamente importantes, pois o tratamento adequado atenua o mal-estar e permite que o indivíduo leve uma vida normal. No entanto, só um médico é capaz de identificar quem deve usar e em que dosagem. Como o próprio nome indica, os antidepressivos aliviam a ansiedade e a tensão mental, mas causam danos à memória, diminuição dos reflexos e da função cardiorrespiratória, sonolência e alterações na capacidade de juízo e raciocínio. A conduta do usuário é muito parecida com a do dependente alcoólico. Em pouco tempo, estas drogas causam dependência, confusão, irritabilidade e sérias perturbações mentais.

 

Estimulantes

As drogas estimulantes mais conhecidas são as anfetaminas, a cocaína e seus derivados. As anfetaminas podem ser ingeridas, injetadas ou inaladas. Sua ação dura cerca de quatro horas e os principais efeitos são a sensação de grande força e iniciativa, excitação, euforia e insônia. Em pouco tempo, o organismo passa a ser tolerante à substância, exigindo doses cada vez maiores. A médio prazo, a droga pode produzir tremores, inquietude, desidratação da mucosa (boca e nariz principalmente), taquicardia, efeitos psicóticos e dependência psicológica.
A cocaína também pode ser inalada, ingerida ou injetada. A duração dos efeitos varia, as a chamada euforia breve persiste por 15 a 30 minutos, em média. Nos primeiros minutos, o usuário tem alucinações agradáveis, euforia, sensação de força muscular e mental. Os batimentos cardíacos ficam acelerados, a respiração torna-se irregular e surge um quadro de grande excitação. Depois, ele pode ser náuseas e insônia. Segundo os especialistas, em pessoas que têm problemas psiquiátricos, o uso de cocaína pode desencadear surtos paranóides, crises psicóticas e condutas perigosas a ele próprio ou a terceiros. Fisicamente, a inalação deixa lesões graves no nariz e a injeção deixa marcas de picada e o risco de contaminação por outras doenças (DST/aids). Em todas as suas formas, causa séria dependência, sendo o crack o principal vilão.

 

Alucinógenas

Substâncias alucinógenas são aquelas que, ao atuar no Sistema Nervoso Central, modificam qualitativamente a atividade do cérebro, "perturbando" a mente da pessoa. Chamam-se alucinógenas porque provocam "alucinações", que na linguagem médica significa "percepções sem objeto", isto é, a pessoa que está em processo de alucinação percebe coisas sem que elas existam (ouve sons imaginários, vê objetos que não existem). 
Grande número das drogas alucinógenas vêm da natureza, principalmente de plantas. No Brasil as mais conhecidas são os Cogumelos (famosos no México e usados há muitos séculos, dos quais se extrai a substância alucinógena psilocibina), o Lírio (também conhecido como trombeteira, zabumba ou saia branca) a Mescalina (que é um cacto originado na América Central, pouco encontrado no nosso país) e a Maconha (que contém a substância alucinógena THC - tetrahidrocanabinol - responsável pelos efeitos alucinógenos desta planta). 
Com o progresso da ciência, várias substâncias foram sintetizadas em laboratório e constituem os alucinógenos sintéticos. Dentre eles, os mais conhecidos são o LSD-25, o Êxtase (ou ecstasy) e alguns medicamentos denominados anticolinérgicos que, embora tenham indicações médicas, quando usados indevidamente podem produzir delírios e alucinações. 
Alguns alucinógenos naturais são usados em ritos religiosos, mas nem por isso têm seu uso liberado no Brasil. De acordo com a legislação brasileira, é proibido extrair, fabricar, produzir, preparar, comercializar, oferecer, ceder ou possuir substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica. (Lei 6368 de 21 de outubro de 1976). Neste caso estão incluídos os diferentes tipos de alucinógenos, tanto naturais como sintéticos, exceto os medicamentos, quando sob prescrição médica. 
O uso dos alucinógenos pode provocar reações psíquicas variáveis. Algumas pessoas podem se sentir recompensadas pelos sons incomuns, cores brilhantes e pelas alucinações ("boa viagem") e outras têm reações bastante desagradáveis, com visões terrificantes, sensação de deformação do próprio corpo, certeza de morte iminente ("má viagem"). 
Essas reações psíquicas dependem das condições pessoais, das experiências anteriores de cada um, do ambiente e das circunstâncias em que ocorre o consumo, além das propriedades de cada substância. 
Alguns alucinógenos provocam sintomas físicos como dilatação das pupilas, suor excessivo, taquicardia e náuseas/vômitos. Em geral estas substâncias não provocam dependência nem síndrome de abstinência, mas o usuário, muitas vezes, é levado a repetir o uso por razões sociais ou pessoais. 

 

Ranking de consumo de drogas no Brasil

ipos de drogas - Ranking do consumo de drogas

 

Droga    % da população

1º      Maconha 2.6

 2º      Cocaína 0.7  

        3º      Anfetaminas 0.7  

    4º      Ópio 0.5         

 

O estudo diz ainda que o Brasil tem o maior mercado de opiáceos (derivados de ópio) e o maior índice de prevalência anual - uso pelo menos uma vez ao ano - de anfetamínicos na América do Sul. As anfetaminas são legais, mas têm uso controlado. 
Os dados utilizados na pesquisa são de 2001 e 2004, período dos últimos levantamentos realizados pelo governo federal. Uma nova pesquisa está sendo preparada pelo governo e a expectativa é de que os números atuais sejam ainda mais preocupantes. 
O chefe do escritório da UNODC para o Brasil e Cone Sul, Giovanni Quaglia, afirma que o percentual de consumidores no Brasil é bem menor que no Chile, Argentina e outros países da América do Sul. 
- A margem para o aumento de consumo do Brasil ainda é muito grande - disse Quaglia. 
De acordo com o relatório, o uso de drogas ilícitas tem se mantido estável no mundo nos últimos anos, mas o controle está sob ameaça devido ao aumento da oferta e o desenvolvimento de novas rotas do tráfico - a maioria via África -, que pode fortalecer a demanda nos países desenvolvidos, onde ela já existe, e criar novos mercados para algumas das substâncias mais perigosas do mundo, principalmente em países em desenvolvimento.

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